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A menina da estrada

  • Foto do escritor: Jéssica Rebouças
    Jéssica Rebouças
  • 17 de abr. de 2019
  • 2 min de leitura



Meu nome é Marcos, sou do Rio Grande do Norte, minha pequena cidade chamada Riachão é uma das menores cidades do Estado.

Em uma bela noite voltando do trabalho, decidi pegar um caminho de terra, extremamente escuro. O mar de estrelas que estava sobre minha cabeça era magnifico. Apenas o farol de minha moto clareava o caminho que teria que percorrer, em certo momento ao longe avistei uma criança no meio da estrada, parei a moto diante dela, notei que a menina vestia uma roupa rasgada e segurava um ursinho de pelúcia marrom.

- Olá menina! – Exclamei ao ficar diante dela. – O que faz sozinha aqui?

- Moço quero minha mamãe e meu papai!

- Vamos fazer assim, irei te levar para a cidade junto comigo e lá iremos para uma delegacia, pode ser?

- Sim!

A menina estendeu sua pequena mão e eu a levei para a moto. A coloquei na garupa me ajeitei na moto, dei partida e segui para a cidade. De inicio estava tudo bem, mas no meio do caminho a moto ficou pesada e não saia do lugar achei estranho já que estava em linha reta, continuei acelerando e não saia de 10 por hora. Com dificuldade olhei para trás e vi a menina agarrada em mim, então decidi continuar o meu caminho naquela velocidade.

Horas depois...

Enfim cheguei à cidade, coisa que demoraria 20 minutos, demorei quase 2 horas, o sol já estava nascendo. Depois demorei mais meia hora para chegar à delegacia, coisa que demoraria 5 minutos. Assim que cheguei encontrei um policial fumando, estacionei na porta e chamei sua atenção. Ele caminhou ate mim perguntando:

- Posso ajuda-lo?

- Sim senhor policial, eu encontrei essa menina na estrada!

Ele olhou para minha garupa e voltou seus olhos confusos para mim.

- Qual menina?

- Essa aqui! – Exclamei virando para trás, nesse momento não vi nada, engoli em seco, coloquei um sorriso sarcástico nos lábios e voltei a olhar para o policial. – Esqueça o que eu disse.

- O senhor poderia descer da moto, para fazermos o teste o bafômetro?

- Policial eu não estou bêbado?

- O senhor pode descer ou não?

Eu juro que vi aquela garotinha, mas ela desapareceu, o policial notou que eu não estava bêbado, me liberou e eu retornei para casa. Ao descer da moto, encontrei um papel preso no banco, peguei-o e comecei a ler.

"Moço estarei sempre esperando você na estrada escura e no mesmo horário."

Assim que terminei de ler o papel ele se desmanchou em minhas mãos. Nunca mais passarei nessa estrada e para todos que conto, acham que eu sou louco. 

 
 
 

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